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Glaucoma

O que é?

Glaucoma pode ser definido como uma lesão do nervo óptico, de caráter progressivo, com perda de campo visual e risco de cegueira, caso não diagnosticado e tratado a tempo.

Há direta relação com a pressão intraocular (PIO), sendo que a maioria dos portadores de glaucoma apresenta PIO elevada.

Aumento da Pressão

O humor aquoso, líquido existente no segmento anterior do olho, circula constantemente para nutrir córnea, cristalino e malha trabecular. No caso do glaucoma, há uma menor drenagem do humor aquoso na região do trabeculado, levando a um aumento da PIO.

Sintomas

O glaucoma de ângulo aberto (grande maioria dos casos), geralmente evolui lentamente, sem que o paciente perceba. Já o glaucoma de ângulo estreito ocasionalmente pode apresentar sintomas, como fisgada no olho, associada a olho vermelho, borramento temporário da visão e percepção de halos coloridos ao redor de luzes. O diagnóstico precoce só é feito em exame oftalmológico preventivo.

Consequências

O dano causado pelo glaucoma pode se transformar em cegueira irreversível. É por isso que a prevenção ainda é o melhor remédio: quando você diagnostica a doença precocemente, há menor o grau de lesão do nervo e maior chance de controle do glaucoma.


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Para saber mais

  • Tratamento

    O tratamento consiste única e exclusivamente na redução da PIO. É feito à base de colírios, podendo ser complementado com comprimidos ou terapia a laser. Nos casos que não respondem adequadamente ao tratamento clínico/ laser, é necessário realizar a cirurgia de drenagem. Existem vários tipos de cirurgias, porém, a cirurgia convencional, também chamada de “trabeculectomia”, tem demonstrado efetividade e estabilidade na redução da PIO ao longo dos anos.

    Casos moderados e severos são fundamentais que seu diagnóstico seja feito em tempo adequado, para que sua ação possa ser rápida e não cause maiores problemas ao portador, como a perda de visão irreversível. Importante lembrar que o tratamento, seja clínico ou cirúrgico, não recupera a visão perdida, mas tenta estabilizar o processo de perda.

    Duração

    Pacientes com glaucoma primário deverão usar a medicação por toda a vida, exceto se tiverem realizado algum tipo de cirurgia. Uma vez iniciado o tratamento do glaucoma, ele só poderá ser interrompido por orientação do oftalmologista.

    Importante

    Sempre tenha um frasco de colírio reserva e siga todas as orientações oftalmológicas. Se estiver usando mais de um tipo de colírio, deixe um intervalo de aproximadamente 5 a 10 minutos.

    Como aplicar o colírio corretamente?

    Mantenha os olhos abertos, olhe para cima e pingue uma única gota do colírio na parte de baixo. Logo após, feche os olhos e comprima com o dedo indicador o canto interno do olho por aproximadamente 1-2 minutos.

  • Fatores de Risco

    Estima-se que, aproximadamente, 65 milhões de pessoas sejam portadoras de glaucoma no mundo, sendo considerada a primeira causa de cegueira irreversível.

    Quanto à etiologia de glaucoma, preferimos a utilização do termo “fator de risco”, ao invés de “causa”, para explicar o tratamento da doença. Dentre os fatores de risco para o glaucoma primário, incluem-se a PIO elevada, história familiar, idade avançada, etnia negra e espessura corneana mais fina.

    O único fator de risco passivo de mudança é a PIO, que pode ser reduzida através das seguintes formas:

    1. Tratamento clínico (colírios e também comprimido);
    2. Tratamento com laser (para alguns tipos de glaucoma);
    3. Cirurgias angulares e filtrantes de glaucoma.
  • Exames

    O oftalmologista realiza uma série de exames, todos indolores

     

     

    Tonometria

    Exame que mede a PIO. Em geral, os valores de normalidade estão entre 10 mmHg e 21 mmHg para pessoas sem glaucoma. A PIO varia durante o dia, sendo necessárias medidas em diferentes horários. É importante que o paciente se interesse em saber o valor de sua PIO.

    Exame do nervo óptico

    O oftalmologista avalia clinicamente no consultório e poderá reconhecer o estado do nervo óptico (se há dano causado pelo glaucoma ou não).

    Gonioscopia

    Exame clínico da malha trabecular (ângulo) com auxilio de lentes espelhadas, fundamental nos casos de glaucoma, principalmente o de ângulo fechado.

    Paquimetria

    Mede a espessura da córnea. Valores normais entre 530 micrometros e 550 micrometros. Se a córnea for mais fina do que o normal, a medida da PIO estará hipoestimada, e vice-versa.

    Estereofotografia de papila

    Fotografia tridimensional do nervo óptico, realizada para se ter uma referência no início do tratamento e sempre que houver suspeita de progressão da lesão do glaucoma. Fundamental no acompanhamento da doença.

    Exame de campo visual

    O glaucoma não controlado leva progressivamente à perda de partes do campo de visão. O exame de campo visual serve para detectar essas perdas e observar se esses defeitos progridem com o tempo.

    Tomografia de coêrencia óptica (OCT de glaucoma)

    Exame mais detalhado do nervo óptico e das estruturas que o formam. Auxilia no diagnóstico precoce através de detecção de lesões e no seguimento dos pacientes com glaucoma.

Médicos Especialistas em Glaucoma

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Dr. Marcel Eduardo Blumer

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