A catarata é a perda da transparência da lente natural que temos na parte interna dos olhos, chamada de cristalino. O quadro geralmente ocorre de forma progressiva e, na maioria das vezes, é causado pelo envelhecimento natural do cristalino, mais comumente identificado após os 60 anos de idade. Existem alguns casos raros em que a catarata manifesta ao nascimento, conhecido como catarata congênita. Outras causas de catarata são: uso de algumas medicações (principalmente a base de corticoides), traumas (contusões ou perfurações) nos olhos, diabetes, inflamações e infecções.
A catarata é uma doença que deixa a visão turva mesmo com o uso dos óculos e é considerada a maior causa de cegueira reversível do mundo. Além do borramento visual, a catarata também pode alterar a sensibilidade à luz, a percepção real das cores e tornar a visão duplicada. Entretanto, nem sempre a diminuição da visão no idoso é por catarata. A baixa visual pode ser causada por outras doenças como: tromboses na retina, isquemia do nervo óptico, degeneração macular, glaucoma e etc.
Não há tratamento medicamentoso para a catarata. A moderna cirurgia de catarata consiste na única modalidade de tratamento, através dela é realizada a troca do cristalino opacificado por uma lente intraocular artificial.
O diagnóstico da catarata é feito por meio de exames oftalmológicos rotineiros, especialmente o exame de biomicroscopia. Em caso de resultado positivo, no Hospital de Olhos Sadalla Amin Ghanem são realizados exames pré-operatórios utilizando os aparelhos mais modernos na oftalmologia.
A catarata congênita, normalmente, é uma urgência e deve ser operada o mais rápido possível.
A catarata do adulto não é uma urgência. A época da cirurgia deve ser decidida pelo médico, de acordo com as queixas e necessidades do paciente.
A modernidade e tecnologia também estão presentes na realização da sua cirurgia de catarata. O Hospital de Olhos Sadalla Amin Ghanem está preparado para proporcionar segurança e experiência no tratamento da catarata aos seus pacientes.
Microscópios Cirúrgicos: Zeiss OPMI Lumera® i e Leica M822. Os microscópios cirúrgicos, de tecnologia alemã, são ferramentas que viabilizam a observação detalhada das estruturas oculares durante a cirurgia.
Facoemulsificador CENTURION® e Vitreófago CONSTELLATION®: Estes equipamentos são utilizados durante a realização da cirurgia de catarata. Atendem diversas necessidades do médico-cirurgião, dentre elas, a facoemulsificação (cirurgia de catarata). São tecnologias inteligentes, ambas produzidas nos Estados Unidos, que otimizam cada etapa do procedimento oferecendo maior agilidade e segurança. Se adaptam automaticamente às mudanças de condições dos olhos durante a cirurgia promovendo melhor controle da pressão intraocular e maior sincronia entre a velocidade de irrigação do globo ocular e aspiração do cristalino. Através do seu sistema de iluminação com Xênonio, o Vitreófago CONSTELLATION®, permite maior visibilidade dos tecidos oculares.
A lente intraocular é implantada dentro de uma cápsula, da onde é extraída a catarata. Essa cápsula pode sofrer opacificação. Isto, em geral, ocorre semanas ou meses após o procedimento cirúrgico e se resolve facilmente com o Yag Laser. Este laser (não é procedimento cirúrgico) é necessário em aproximadamente 30% (trinta por cento) dos casos. Sua aplicação é rápida e segura. O paciente é liberado em seguida, sem restrições, a não ser dirigir naquele momento, porque a pupila estará dilatada.
Técnica moderna em que se fragmenta a catarata em pequenas partículas que são removidas do olho por uma pequena abertura (entre 2 e 2,75 mm) seguidos do implante da lente intraocular dobrável. Esta técnica é menos invaziva, realizada em mais de 98% dos casos. A recuperação da visão após a cirurgia de catarata geralmente é rápida e o paciente retorna ao trabalho em poucos dias.
É a técnica mais antiga para tratar catarata. Faz-se uma abertura de aproximadamente 180 graus (metade do olho) para a retirada da catarata, que é removida inteira. Depois é implantada a lente. Essa técnica é raramente realizada (somente para casos de catarata muito dura, extremamente avançada).
Existem diversos tipos de lentes que podem ser implantadas no lugar da catarata e podem ser, basicamente, de dois tipos: Multifocais ou Monofocais. Ao longo dos anos as lentes passaram por um grande desenvolvimento tecnológico, sendo que as lentes atuais são dobráveis e permitem a correção do astigmatismo, como também da presbiopia (conhecida popularmente como vista cansada).
Lentes Intraoculares Multifocais
Estas lentes permitem foco para longe e para perto e, em geral, proporcionam maior qualidade de visão global e liberdade dos óculos. O Hospital de Olhos Sadalla Amin Ghanem utiliza as lentes mais modernas do mundo, sendo que os modelos de lentes são indicados de acordo com as necessidades individuais dos pacientes. Existem algumas doenças oculares que impossibilitam o implante das lentes multifocais, por isso o médico oftalmologista irá orientar se este for o caso do paciente.
Tipos de Lentes Intraoculares Multifocais:
Atualmente, existem diversos modelos de lentes intraoculares multifocais que proporcionam diferentes qualidades de visão e distâncias de foco. O índice de satisfação dos pacientes com as lentes multifocais é maior do que 90% (noventa por cento) e varia de acordo com o tipo da lente escolhida. Nenhuma lente, entretanto, é garantia de visão perfeita, mesmo com um procedimento cirúrgico bem realizado pelo seu médico.
Multifocal Trifocal
Esta lente proporciona boa qualidade de visão para longe, intermediária e perto. Os brilhos nas luzes à noite também são frequentes, em geral de intensidade leve a moderada, e costumam melhorar muito após 6 a 12 meses. Aproximadamente 3% dos pacientes precisam de óculos em algumas ou várias situações.
Multifocal Echelette
Conhecida como a tecnologia que permite a visão com foco estendido (EDOF), esta lente permite boa qualidade de visão de longe, com menor incidência de brilhos/halos ao redor das luzes à noite. Em geral, possibilita boa visão para o computador (visão intermediária) e visão razoável para perto. Para perto, 80% (oitenta por cento) dos pacientes ficam livres dos óculos, entretanto, é possível que seja necessário seu uso em algumas situações. Para reduzir ainda mais a necessidade de óculos para perto, o cirurgião pode deixar um pouco de miopia em um dos olhos. Essa técnica mantém a visão para longe boa e melhora a visão de perto.
Multifocal Dual-Tech (Synergy)
Consiste na tecnologia mais recente em lentes intraoculares da atualidade. Combina as tecnologias das lentes EDOF e Trifocais, possibilitando boa visão para as distâncias de longe, intermediária e perto, com boa qualidade no contraste das cores e baixa a moderada incidência de brilhos/halos ao redor das luzes à noite. Estima-se que aproximadamente 2% dos pacientes precisarão de óculos após a cirurgia.
Multifocal Bifocal
É uma ótima lente, mas apresenta basicamente duas distâncias de foco: longe e perto. Portanto, a visão intermediária é pior do que nas lentes anteriores. Podem ocorrer brilhos/halos noturnos semelhantes aos das Lentes Trifocais. Menos utilizada atualmente.
Informações Importantes:
Após o procedimento cirúrgico com implante multifocal, para alcançar boa visão, é necessário que os olhos fiquem sem grau ou com pouco grau. Caso reste algum grau que incomode a visão do paciente, será realizado um procedimento cirúrgico com Excimer Laser, sem custos, desde que não haja contraindicação médica para realizá-lo. Isto acontece em aproximadamente 5% (cinco por cento) dos casos. Semelhante ao que acontece quando se inicia o uso de óculos multifocais, é necessário um período de adaptação para se alcançar os benefícios do implante com as lentes intraoculares multifocais. Esse período varia de 1 (um) a 6 (seis) meses. A taxa de insatisfação com as lentes multifocais é muito baixa sendo que a grande maioria dos casos de insatisfação tem tratamento. Apesar de raro (menos que 1% dos casos), é possível que o paciente não se adapte com a lente multifocal implantada e seja necessária a troca por uma lente monofocal. Nesses casos, pode haver a necessidade de voltar a usar óculos para algumas situações ou continuamente. Essa substituição da lente é, na maioria dos casos, coberta pelos planos de saúde. Caso não seja, ela terá custos ao paciente (muito menores que do primeiro procedimento cirúrgico de implante de lente multifocal).
Lentes Intraoculares Monofocais
Monofocal Hidrofóbica Asférica
Essa lente é o modelo monofocal mais utilizado, que permite qualidade visual superior devido a redução da aberração esférica. A aberração esférica é um efeito óptico indesejado que causa piora da visão de contraste e brilhos noturnos. Assim como em todas as lentes monofocais, elas possuem um foco (ou longe ou perto). Visando possibilitar menor dependência dos óculos no dia-a-dia, na maioria dos casos, planeja-se em um dos olhos uma lente melhor para longe e o outro olho o foco melhor para perto. Isso é chamado de visão balanceada ou monovisão. A visão final dependerá da adaptação à monovisão, do grau final após o procedimento cirúrgico e as necessidades do paciente. A probabilidade de necessitar de óculos é consideravelmente maior que nas lentes multifocais. Muitos pacientes conseguem ficar sem óculos para longe e perto, mas aproximadamente 20% (vinte por cento) vão precisar de óculos para longe e 50% (cinquenta por cento) para perto. Alguns pacientes podem precisar de óculos multifocais.
Monofocal Hidrofóbica Asférica com Foco Extendido (EDOF)
Representa a nova geração em lentes monofocais. Ela possui a mesma plataforma das lentes monofocais hidrofóbicas asféricas no entanto, na parte central da lente há um aumento progressivo no grau, o que proporciona melhora significativa na visão intermediária e mantém a mesma qualidade visual para longe.
Monofocal Hidrofílica Asférica ou Simples
É uma lente semelhante a lente monofocal hidrofóbica, mas a qualidade do material da lente é discretamente inferior.
Monofocal Esférica
É a lente mais simples que disponibilizamos. Ela pode não apresentar a mesma qualidade de visão que as anteriores e causar mais brilhos/halos noturnos, pois não corrige a aberração esférica, que reduz um pouco a qualidade de visão. Mesmo assim, costuma proporcionar boa visão para a maioria dos pacientes. A necessidade de óculos pode ser maior com essa lente.
Lentes Tóricas
São lentes que corrigem o astigmatismo (tipo de grau que pode causar distorção visual). O médico irá indicar o modelo tórico se houver a necessidade.
O Hospital de Olhos Sadalla Amin Ghanem conta com uma completa estrutura distribuída em mais de 10 mil m², proporcionando ao paciente, conforto, atendimento de qualidade e principalmente, segurança, desde procedimentos simples até de alta complexidade. São mais de 20 oftalmologistas especializados em catarata, com grande experiência, preparados, e atualizados sobre as mais recentes e modernas técnicas no âmbito da cirurgia de catarata. Tudo isso, associado ao constante investimento em tecnologia, sempre em busca dos melhores resultados. A cirurgia é muito segura, com pequena incidência de complicações.
Na cirurgia de catarata, realiza-se a substituição do cristalino opacificado (catarata) por uma lente artificial – a lente intraocular (LIO). A cirurgia de catarata é realizada com anestesia tópica ou local e realiza-se os seguintes passos:
O exame biométrico óptico é realizado no Hospital de Olhos Sadalla Amin Ghanem por meio do aparelho mais avançado da atualidade, o IOL Master® 700. Este aparelho, produzido pela Zeiss na Alemanha, aumenta a precisão do cálculo da lente intraocular a ser implantada na cirurgia de catarata. Ele utiliza a interferometria óptica associada a tomografia de coerência óptica (OCT) para otimizar os resultados refrativos. É possível verificar o comprimento axial do olho, a profundidade da câmara anterior, diâmetro corneano e ainda, a ceratometria central. Este aparelho reduz ao máximo a chance de resultados inesperados no grau após a cirurgia. Equipamento utilizado: IOL Master® 700 – Zeiss (Alemanha).
A Biometria Ultrassônica é, normalmente, realizada quando a catarata é muito avançada, não sendo possível a medida pela biometria óptica.
Equipamento utilizado: Ocuscan RxP (Estados Unidos).
Um dos mais modernos e avançados equipamentos para avaliação do sistema óptico, o OPD Scan III é uma estação de trabalho com múltiplas tarefas. Mede a refração objetiva, o erro refrativo medido pode ser utilizado como referência ao prescrever lentes corretivas, como óculos e lentes de contato. A curvatura corneana, medida e o formato do segmento anterior (topografia e tomografia) podem ser utilizados como referência ao selecionar a curva de base das lentes de contato ou a potência refrativa das lentes intraoculares. O poder corneano pode ser precisamente avaliado com um dos melhores topógrafos existentes, com 33 anéis de luz azul. Também possibilita a avaliação do astigmatismo ocular individualmente: corneano, interno e total. As aberrações corneanas e oculares podem ser avaliadas, quantificando os componentes do astigmatismo irregular, além da asfericidade corneana. Realiza avaliação precisa da posição real das lentes intraoculares tóricas, possibilitando melhor controle rotacional. Portanto, essa tecnologia permite um exame preciso e detalhado da córnea e de todo sistema óptico, oferecendo ao médico maior precisão no diagnóstico e tratamento de cada caso, além de facilitar o planejamento da cirurgia refrativa ou da catarata.
É um exame indicado para pacientes com baixa acuidade visual e que realizarão a cirurgia de Catarata. Avalia o potencial de visão pós-operatório.
Também conhecida por microscopia especular, é uma fotografia feita através do Microscópio Especular CEM-530 e possibilita a visualização das células do endotélio, a camada mais interna da córnea. É um exame computadorizado, de não contato, que estima a densidade celular, tamanho e forma destas células, e a presença de depósitos (gutata), mostrando a vitalidade do endotélio. O microscópio especular que dispomos possibilita a avaliação do centro corneano, 8 pontos paracentrais e 6 pontos periféricos.
Equipamento utilizado: Microscópio Especular Nidek CEM-530 (Japão).
Mais informações: Este exame pode ser solicitado na presença ou suspeita de doenças degenerativas da córnea e como exame pré-operatório de catarata, glaucoma, transplante de córnea e cirurgia refrativa, para auxiliar o cirurgião na avaliação do risco cirúrgico.
Exame de extrema importância para o implante das lente multifocais, visto que algumas alterações sutis no fundo dos olhos não são detectáveis ao exame clínico da retina. Este equipamento capta 100.000 fotos por segundo, em alta resolução, permitindo uma análise extremamente precisa de possíveis alterações na região macular que podem influenciar no resultado visual após a cirurgia de catarata.
Equipamento utilizado: Zeiss Cirrus® 5000 HD-OCT (Estados Unidos).
O Sistema Guiado por Imagens VERION® é um aparelho altamente tecnológico que permite ao cirurgião personalizar a cirurgia de catarata de acordo com as características de cada paciente, tornando a cirurgia mais segura e precisa. Dentre varias funções, o sistema facilita a realização da capsulorexis (abertura da capsula da catarata) com precisão, além de permitir melhor posicionamento das lentes tóricas e multifocais.
A unidade de referência VERION® realiza as principais medidas oculares para o diagnóstico do paciente, como: ceratometria dinâmica, posição e diâmetro do limbo, distância horizontal branco-a-branco, pupilometria, posição do reflexo corneano, excentricidade do eixo visual, dentre outras. Essas medidas determinarão a programação da cirurgia, possibilitando um melhor planejamento ao cirurgião. Em seguida, a unidade de referência gera uma imagem digital em alta resolução de referência do olho do paciente, capturando pontos de referência dos vasos esclerais, limbares e de íris. Essa “impressão digital do olho” é utilizada para: Registrar e rastrear o olho durante todo o procedimento cirúrgico; Fornecer uma referência visual de todas as incisões, capsulotomia e posicionamento da lente.
Os dados gerados pela unidade de referência são repassados para o marcador digital VERION®, que com suas capacidades avançadas de processamento de imagem, permite o acesso instantâneo, em tempo real, aos pontos de referência sobrepostos digitalmente, para aumentar a precisão em cada passo da cirurgia de catarata, permitindo um melhor alinhamento e posicionamento da lente intraocular.
Os topógrafos computadorizados medem milhões de pontos em torno de 95% da superfície corneana. A maioria se baseia no princípio do Disco de Plácido, que utiliza a córnea como um espelho refletor, projetando uma serie de anéis sobre ela. Estes anéis são captados, analisados e codificados em cores, gerando mapas de curvatura. Utilizamos em nosso hospital o topógrafo E300, da Medmont (Austrália), de alta definição.
Mais informações: A topografia computadorizada é um excelente instrumento para avaliar a regularidade corneana e a possibilidade do implante de lentes multifocais. Possibilita também o diagnóstico de ceratocone e avaliação de pacientes candidatos a laser.
É solicitado sempre que o médico não consegue visualizar o fundo do olho devido a opacidades de córnea, cristalino ou vítreo, ou quando necessita de uma visualização da parte posterior ao globo. Também auxilia no diagnóstico dos tumores, hemorragias vítreas, corpos estranhos intraoculares, descolamentos de retina e phthisis bulbi. Neste exame, uma sonda emite ondas de ultrassom (sons com frequência além dos limites percebidos pela audição humana) que refletem ecos quando entram em contato com a estrutura ocular do paciente. O exame pode ser realizado pelo módulo A, que é a representação acústica unidimensional na qual os ecos são representados como oscilações verticais, ou no módulo B, em que a representação acústica é bidimensional, permitindo a visão panorâmica do olho e da órbita e a análise das formas e estruturas. Equipamento utilizado: VUPAD Sonomed.